6 perguntas a... Filipe Albuquerque
Filipe Albuquerque é considerado um dos melhores pilotos portugueses da atualidade. A competir em três frentes: Campeonato do Mundo de Resistência, European Le Mans Series e Taça Norte Americana de Resistência, viu o seu programa desportivo adiado devido à pandemia do novo Coronavírus. Ainda assim, o piloto português mostra-se otimista quanto ao futuro...
1. De que modo é que esta pandemia, que levou ao adiamento das provas desportivas, vai alterar o futuro do desporto automóvel nacional?
Todas as áreas da sociedade vão sair afetadas por todo o mundo, disso não tenho dúvidas. E o desporto automóvel também. As equipas estão completamente paradas e as equipas menos fortes financeiramente vão ter enormes problemas, para não dizer que possam mesmo abrir falência. Mas temos que nos unir, adaptar e compreender a posição em que cada um está. Desde empresas que tem imensos encargos mensais a famílias que precisam de dinheiro para se alimentar. Não é fácil para ninguém.
2. Neste período de confinamento o que tem feito para passar o tempo?
No início até parecia fácil. Como passo tanto tempo fora, tiro sempre muito prazer dos períodos que passo em casa. Mas, ao final de algumas semanas, com duas crianças pequenas é complicado gerir. Temos de nos reinventar a cada dia. Há períodos para as crianças, período para treinar e até para competir online. Têm sido dias de verdadeira descoberta.
3. Também já aderiu, como a maioria dos pilotos por todo o mundo, ao SimRacing?
Sempre gostei de corridas virtuais, mas como nos últimos anos tive muitas corridas e a família cresceu, nunca tive tempo para poder praticar adequadamente. Mas confinado em casa, voltei em força. Já estive a atualizar o meu material porque já estava desatualizado. E com a quantidade de corridas online que surgiram tem sido uma verdadeira loucura dar resposta a tantos pedidos. Como se costuma dizer, quem não tem cão, caça com gato. É um bocadinho isso... já que não posso ir para as pistas as pistas vêm até mim, online!
4. Acha que esta é uma modalidade que deve ganhar espaço no nosso desporto?
Porque não?! Há tantas mas tantas pessoas a fazer estas corridas.
5. Acha que o convívio social futuro, vai ser diferente do atual ? Vamo-nos passar a comportar de forma diferente?
Penso que até descobrirem a vacina, vamos todos ser mais conscienciosos e limitarmos o contacto físico. Mas há povos e povos. O nosso é afetuoso e como tal, a determinada altura, vai voltar ao seus registo.
6. Alguma mensagem que queira deixar?
Para que todos possamos voltar, o mais rapidamente à normalidade, é importante seguir à risca as diretrizes da Direção Geral de Saúde. Ficar em casa não é uma opção, é um dever!