6 perguntas a... Jorge (Joca) Gonzaga

  1. De que modo é que esta pandemia, que levou ao adiamento das provas desportivas, vai alterar o futuro do desporto automóvel nacional?

É muito difícil prever com certezas todas as implicações de futuro, mas é certo que haverão diversos constrangimentos desde logo ao nível de calendários.

Mais do que ponderar as mudanças, acho que o mais importante será encontrar soluções de compromisso entre pilotos, clubes e federação para que se concluam os campeonatos de 2020 sem causar danos no campeonato de 2021. Acho que salvaguardar o próximo ano deverá ser uma prioridade.

  1. Neste período de confinamento o que tem feito para passar o tempo?

Além de ter reduzido a minha atividade profissional, reduzi ao mínimo indispensável as saídas de casa. O tempo tem sido usado a organizar aquelas tarefas que nunca “temos tempo”, disfrutar mais da nossa própria casa, fazer exercício, ver algumas séries… No fundo, tirar o melhor partido de uma situação pouco favorável.

  1. Também já aderiu, como a maioria dos pilotos por todo o mundo, ao SimRacing?

Sou adepto de SimRacing há muitos anos, apesar de nunca me ter dedicado a competições oficiais. O tempo nunca é muito e neste momento a dificuldade está em ter um filho com 20 meses que corre assim que ouve o barulho dos carros... De qualquer modo considero que é um bom treino sobretudo a nível mental.

  1. Acha que esta é uma modalidade que deve ganhar espaço no nosso desporto?

O SimRacing tem estado em crescimento e acredito que merece o seu próprio espaço, se possível cada vez mais regulamentado. As corridas virtuais são muito interessantes, e se forem encaradas com “profissionalismo” são realmente espetaculares. Não creio que retirem adeptos às pistas e, pelo contrário, até podem ser um meio aproximação entre adeptos e as competições reais.

  1. Acha que o convívio social futuro, vai ser diferente do atual? Vamo-nos passar a comportar de forma diferente?

Num futuro próximo estou certo que sim. Será difícil conseguir estar junto de outras pessoas, sobretudo desconhecidos, sem que o nosso subconsciente recorde o que agora vivemos. Por outro lado, acho que aos poucos iremos retomar o nosso espírito latino de proximidade e voltar gradualmente ao convívio social do passado.

  1. Alguma mensagem que queira deixar?

Neste momento o apelo é sobretudo para que as pessoas se adaptem a esta nova realidade por forma o podermos ter números e confiança suficiente para retomar algumas atividades, sobretudo as que precisamos para voltar à competição. Este ano não será como todos esperávamos, mas temos de nos cuidar para que 2021 seja o que todos desejamos!