Ni Amorim lembra o seu Rali Alto Tâmega de 1983 quando ainda hesitava entre… dois amores

O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Ni Amorim, que foi um dos mais destacados pilotos nacionais ao longo de três décadas, guarda no seu currículo a participação na primeira edição do Rali do Alto Tâmega, em 1983. Fê-lo ao volante de um Ford Escort RS 1800 (ex-António Rodrigues) e tendo como navegador o consagrado António Manuel.

“Nesse ano, comecei a época no Rali Sopete, seguindo-se as Camélias, e já mais tarde, o Alto Tâmega, mas também competi em provas de velocidade, como Vila do Conde, autódromo ou rampas”, recordou Amorim, que ainda retém na memória alguns detalhes da prova transmontana:

“O Rali do Alto Tâmega tinha umas classificativas bonitas e com bom piso. De tal maneira que adquiriu rapidamente um estatuto de referência no campeonato, no qual se manteve durante uma dezena de anos”.

A “aventura” de Ni Amorim nos ralis circunscreveu-se a esse ano de 1983 – não finalizou o Rali do Alto Tâmega devido a problemas de embraiagem no Ford Escort RS 1800 –, numa altura em que hesitava quanto ao rumo a seguir numa carreira já então em anteprojeto de piloto profissional.

“Passei por momentos de indefinição, já que tanto gostava de ralis como de velocidade, mas acabei por optar por esta última em definitivo por questões de budget. Já naquela época os ralis ficavam bastante mais caros e, para além disso, na velocidade havia uma fórmula barata, que eram os troféus, nos quais as marcas envolvidas ajudavam bastante os pilotos”.

 

O antigo piloto e agora presidente federativo considera que não poderia ter feito melhor escolha, se atendermos ao brilhante palmarés que construiu, tanto a nível nacional como internacional, a partir de 1983 e até colocar um ponto final na carreira.

“Claro que não me arrependo, bem pelo contrário, de ter optado pela velocidade. Tanto foi uma escolha acertada que fiquei por lá mais de três dezenas de anos”.