Alejandro Cachón/Alejandro López impõem-se categoricamente a norte de Espanha

Após um rali feito a fundo logo desde a ES 1, os espanhóis Alejandro Cachón / Alejandro López impuseram a sua lei no Rali Blendio Princesa de Asturias, terceira prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2020, primeira do ano em Espanha.

Nesta jornada ontem disputada na região de Oviedo, a dupla impôs o seu Peugeot 208 Rally 4, a nova máquina desenvolvida pela Peugeot Sport que serve de base à copa ibérica de ralis, ao restante plantel, grupo que, à partida, contava com 11 formações espanholas e 3 representantes portuguesas, todas em busca de um sucesso que lhes permitisse manter-se na discussão do título de 2020.

Num rali que nunca esteve verdadeiramente definido em termos dos restantes ocupantes dos lugares do pódio, este assumiria, em exclusivo, um formato 100% espanhol, com Josep Bassas / Axel Coronado no 2º posto (a 17,6 segundos da vitória) e Álvaro Muñiz / Javier Martínez (a 27 segundos).

Com esta vitória contundente, Alejandro Cachón / Alejandro López assumiram uma clara pretensão aos títulos de 2020 (Pilotos e Navegadores), tendo no seu encalço os conterrâneos Sergí Francoli / María Salvo (5ºs classificados nesta prova, e os portugueses Pedro Antunes / Pedro Alves, que abandonaram na penúltima especial, na sua luta por ascender a um lugar no pódio.

Assim as condicionantes da pandemia o permitam, o próximo e derradeiro encontro da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2020, iniciativa co-realizada pela Peugeot Portugal e Peugeot Espanha, com a estrutura logística da Sports & You, está agendado para os dias 6 e 7 de novembro, no Rally La Núcia Mediterráneo.

 

Em terras de Espanha reinam os espanhóis

Os espanhóis Alejandro Cachón / Alejandro López foram os inequívocos vencedores do Rali Bendio Princesa de Asturias, terceira prova da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA 2020, e primeira realizada do outro lado da fronteira, depois de dois ralis realizados em Portugal.

Atacando logo desde início, a dupla local conseguiu um avanço bastante significativo logo nos 14,16 km da ES1 – Morcín 1, batendo todos os seus adversários por, pelo menos, mais de 18 segundos, obrigando-os a atacar nos troços seguintes, ao mesmo tempo que passaram a gerir esse avanço, sem nunca lhes dar grande margem de manobra, como se comprova pelos 3 melhores tempos adicionais que Alejandro Cachón / Alejandro López viriam a alcançar nas 8 classificativas do rali realizado nas imediações de Oviedo.

Na ES2 – Lanera 1 (15,93 km) foi Roberto Blach / Nerea Campos quem registou a melhor marca, mas longe de conseguirem alcançar o 1º lugar, que se mantinha na posse dos mais rápidos na ES1, aqui a fazer o segundo melhor tempo. Atrás deles perfilavam-se outros pretendentes à vitória ou, pelo menos a um lugar no pódio, destacando-se Pedro Antunes / Pedro Alves, os melhores entre as apenas 3 equipas portuguesas que fizeram a viagem até ao norte de Espanha. Ao final deste troço não chegaria Domingo Estrada / Jovino Pelaez, devido a acidente.

Na repetição do troço de Morcín, os mais rápidos voltaram a ser Alejandro Cachón / Alejandro López, mas batendo apenas por 1 décimo de segundo os compatriotas Daniel Berdomás / Brais Mirón. Josep Bassas / Alex Coronado registaram o terceiro melhor tempo, a 4,2 segundos, batendo Pedro Antunes / Pedro Alves por 1,5 segundos, dupla que subia ao 5º lugar da geral.

Seguiu-se nova passagem pelos 15,93 km de Lanera, ficando aqui registado o melhor tempo por Daniel Berdomás / Brais Mirón, ascendendo, com isso, ao 2º lugar. Bateram Álvaro Muñiz / Javier Martinez por 1,1 segundos e Pedro Antunes / Pedro Alves por 5,8 segundos. Sérgio Fuentes / Alain Peña abandonavam devido a problema mecânico, passando a 13 representantes o grupo da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA.

Finda a ronda matinal, Alejandro Cachón / Alejandro López mantinham a vantagem na casa dos 18 segundos, mas tendo agora atrás de si nada menos do que os dois ‘Campeões’ da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA: Daniel Berdomás (2019), a 18,2 segundos, e Roberto Blach (2018), a 27,2 segundos, eles que aqui nas Asturias contam, respetivamente, com Brais Mirón e Nerea Campos a ditar notas. Pedro Alves mantinha-se como o melhor luso e espreitava uma potencial ascensão ao último lugar do pódio, apesar do 6º lugar que ocupava nesta altura. Atrás do grupo da frente outras lutas tinham lugar, nomeadamente entre Josep Bassas / Axel Coronado e Álvaro Muñiz / Javier Martinez, para um 4º lugar pendurado por 1,4 segundos, ou Álvaro Perez / Francisco Lema e Alejandro Martin) / Pedro Dominguez, então para um 9º lugar seguro por uns ínfimos 5 décimos de segundo!

 

Um ataque luso que ficou pelas intenções

Voltando a Pedro Antunes / Pedro Alves, se bem que o prometeram, melhor o conseguiram, pois nos 15,32 km da ES5 - Nava 1 registaram o 2º melhor tempo, a apenas 0,6 segundos do líder da prova, subindo, com isso, ao 4º lugar, ficando a apenas 2,1 segundos do último degrau do pódio. Quem deitava tudo a perder neste troço era a dupla Delbín Garcia / José Vieitez, abandonando após acidente.

Não contente com o feito anterior, a dupla portuguesa cumpriu os 15,57 km da ES6 - Colunga 1 a fundo, batendo toda a gente no cronómetro, deixando Josep Bassas / Axel Coronado a 0,2 segundos, os líderes a 8 segundos e os ‘Campeões’ a 10 (Berdomás) e a 12,7 (Blach) segundos, assumindo, com isso provisoriamente, o último lugar do pódio.

Só que a sorte voltou a nada querer com as pretensões lusas e tudo ficaria perdido no troço seguinte (Nava 2), quando na sua tentativa de recuperar mais algum tempo, o 208 Rally 4 nº 35 saía de estrada, o mesmo acontecendo, logo depois, com Daniel Berdomás / Brais Mirón, levando-os ao abandono por igual razão. O plantel da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA levava, assim, nova e importante machadada entre os pretendentes a um lugar no pódio e mesmo aos títulos de 2020.

Assim, a uma especial do final desta que foi a 3ª prova da Temporada 3 da copa ibérica de ralis, a luta principal cingia-se ao 2º lugar, pois Alejandro Cachón / Alejandro López passavam a contar com uma muito confortável vantagem de 39 segundos sobre Josep Bassas / Axel Coronado, eles que estavam mais preocupados em manter atrás de si Álvaro Mora / Javier Martinez, dupla que seguia no seu encalço a apenas 5,6 segundos. A reforçar essa posição, Bassas e Coronado viriam a ser os mais rápidos em Colunga 2, batendo os seus adversários mais diretos por 3,8 segundos, definindo-se, assim, a estrutura do pódio final deste Rali Blendio Princesa de Asturias 2020.

Visivelmente satisfeito, o vencedor Alejandro Cachón resumiu assim o seu rali: “Foi uma prova feita a fundo desde o início, em que pudemos aproveitar e gerir o avanço que alcançámos logo na ES1. Depois, contando com o nosso 208 Rally 4 na perfeição, mantivemo-nos atentos ao que se passava atrás de nós mas nunca facilitando, apenas levantando o pé na última especial, onde não quisemos arriscar. Gostaria de deixar uma palavra de conforto para a família da Laura Salvo, a quem dedico esta vitória!”

 

Cachón e López assumem clara pretensão aos títulos de 2020

No seu caminho para a sua primeira e incontestada vitória do ano, Alejandro Cachón / Alejandro López venceram 4 das 8 Especiais da prova, e também o posto de melhor representante dos pilotos Juniores. Os restantes melhores tempos ficaram para Roberto Blach / Nerea Campos, Daniel Berdomás / Brais Mirón, Pedro Antunes / Pedro Alves e Josep Bassas / Axel Coronado.

Em termos de pontuações alcançadas nesta prova, Alejandro Cachón e Alejandro López somam a fatia maior, conquistando os 25 pontos da vitória e o proporcional de 5 pontos dos 4 troços em que registaram o melhor tempo, entre os Pilotos e os Navegadores, respetivamente. Com isso, alcançaram o topo das classificações da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA, contando ambos com um total acumulado de 40.08 pontos. Sergí Francolí / María Salvo contabilizam 29 pontos e Pedro Antunes / Pedro Alves têm um total de 27,85 pontos.

Das 15 equipas da PEUGEOT RALLY CUP IBÉRICA que se apresentaram à partida deste rali, cinco ficaram pelo caminho, quatro por despiste e apenas uma por questões técnicas.